Hylleum.

Nome: Hylleum Collins
Pronuncia: Rá - i – lê – on .
Idade:20
Aniversário: 16/10
Profissão : Mecânico
Custom : Cabelos pretos, olhos verdes, lado direito do corpo robótico a partir do pescoço.
Quando faz o aniversário:No dia em que
seria transferido Dx
O que adora: Olhar a lua, trabalhas na oficina por horas, curtir.
O que odeia: Lembrar do incidente com a mãe.
Características marcantes: Constantes devaneios, orgulhoso e calmo.

- Sim, eu estou bem. Só tive um devaneio.
Hylleum Collins ainda é assombrado pelo seu passado em curtos momentos, porém sabe como fazer com que você não os note.
Após sofrer um acidente, sua única salvação seria o projeto baseado em robótica do governo, ele estava inconsciente, portanto não perguntaram se podiam fazê-lo. Por tal motivo, o lado direito do seu corpo á partir do ombro é de metal, aço, e luzes fluorescentes. Ele se incomodou e traumatizou-se sim, deinício.
Mas passou a ter orgulho disto, afinal ele deveria estar morto, como Mirian.
Ah.... Mirian...Como mecânico, ele pode ficar entre iguais durante momentos, embora ele prefira estar entre pessoas, das quais realmente passa a maior parte do tempo.
- Viver é flutuar alegremente, sentindo-se tocar as estrelas, por ter o coração cheio de amor.Viver é dar valor às pequenas coisas, aos pequenos gestos. São os pequenos detalhes, que valorizam as atitudes.
Agora ele valoriza o que tem, e até mesmo o que não tem. Agora vê o motivo pelo qual vivemos, e que devemos viver a cada dia como se fosse o último. A mudança drástica de realidade fez dele um filósofo, um poeta nato. Nunca mais alguém o viu reclamando ou infeliz. Imaginemos que, as pessoas têm um vaso de cristal no lugar do coração. Depois de quebrado, não tem como piorar. Logo, não teria o porquê chatear-se agora, embora literalmente ele ainda tenha coração e muito carinho para dar.




Uma pessoa normal com uma vida normal.
Eu era um adolescente qualquer, com mãe que fazia papel de pai e mãe. Isso por que meu pai nos deixou quando eu era ainda pequeno, embora eu nunca tenha entendido o porquê, a minha mãe sempre foi a melhor mulher do mundo, bonita, trabalhadora e muito, muito atenciosa.
Mas, bem , não foi pra isso que você veio até aqui.
Eu morava com Mirian (É o nome da minha mãe.) num subúrbio da Inglaterra. Ela trabalhava quase o dia todo, dois, ás vezes três empregos no mesmo dia, e eu freqüentava a escola de manhã, e passava a tarde em casa estudando ou com os amigos na rua. É claro que, ela achava que eu passava todas elas estudando.
Em meus plenos 17 anos, terceirão e tudo, eu nunca tinha reparado em como era feliz, até acontecer uma catástrofe daquelas pra gente reparar nestas coisas.
- Como foi seu dia, Hyll?- Mirian perguntava ao chegar de casa, totalmente acabada pelo longo dia que acabava de passar, com seu sorriso forçado e ar de paz.
- Normal. Fale-me do seu... Ah, já arrumei até sua cama, pode ir dormir se quiser.- Eu costumava dizer, e minha mãe sorria enquanto largava suas coisas no modesto sofá da sala e ia tomar banho e se deitar. Ela sempre estava cansada, embora se esforçasse ao máximo, na esperança de que eu não notasse.
Depois da coroa ir dormir, eu costumava ir dar um rolé com uma garota qualquer. Nunca fui de me amarrar em uma garota só, se bem que eu sempre culpei as garotas da minha vizinhança, elas quem preferiam assim.E claro, depois eu voltava pra casa e dormia lá pela madrugada, para repetir a dose no dia seguinte, começando pela escola ás seis e meia da manhã, sem parar de reclamar em como a minha vida era chata.

Um ano de rotina depois...

Eu havia acabado de completar 18 anos, e mal esperava que amanhecesse logo, no dia seguinte eu iria fazer o teste de carteira de motorista: Já gastara todas minhas economias em um calhambeque, mas tinha quatro rodas, saía do lugar e era meu. Passei a noite toda imaginando as possibilidades, levar minha mãe para trabalhar, chegar ao meu novo emprego á carro, e impressionar umas garotas. Parecia tudo maravilhoso, especialmente o fato de que até aquele dia, eu era normal.
No esperado dia seguinte, eu acordei, tomei café, e fui fazer meu teste. Passei. Como era domingo, eu teria de esperar até segunda para estreá-lo, já que eu tinha prometido á Mirian ajudá-la com a limpeza da casa, e como de costume fazia todas as tarefas ás pressas, sem deixá-la fazer nenhuma.
Minha mãe também estava ansiosa para não ter de andar sete quadras até o primeiro ponto de ônibus para chegar ao restaurante em que trabalhava. Mais ainda em poder ter orgulho do seu filho alguma vez na vida, já que, embora não fosse repetente, escola não era exatamente o meu forte.
Na segunda-feira, eu já a estava levando para o trabalho, respeitando os sinais e pedestres, prestando atenção total no trânsito... Não deveria ter acontecido aquilo.
No trânsito de segundas-feiras de manhã sempre tem muita gente voltando para casa depois de ter passado a noite em claro, normalmente exaustas, que não passariam em um teste de bafômetro. Uma mulher com umas três amigas em um carrão vermelho passaram na nossa frente e.... Eu só me lembro do grito da Mirian.

Mirian, cadê você?

 Acordei em uma espécie de hospital, zonzo, com um barulho foda de máquinas e afins, não sei descrever o som que ouvi. Comecei a tatear a parede, procurando achar forças para me levantar do o que parecia ser uma maca.
- Tem alguém aí? Cadê a Mirian, cadê a minha mãe?- Eu sibilava fraco.
Ao tatear a parede, percebi que a mão direita não tinha a mesma maciez da esquerda, que o diâmetro das pontas dos meus dedos pareciam diferentes, que não parecia ser exatamente a minha mão. Enquanto isso uma mulher de óculos e jaleco branco entrou pela porta da frente que eu encarava, já esperando que alguém chegasse para me dizer onde estava a minha mãe e onde nós dois estávamos.
- Fique calmo, Hylleum. É este o nome da sua carteira, é seu nome, não é?- Ela falava calmamente, enquanto também encarava minha mão direita, mas eu estava ocupado demais para olhar algo irrelevante. - Como se sente? -
- Sim, é o meu nome. Vou me sentir melhor quando vir minha mãe. - Assenti. Só nesta hora percebi que realmente havia batido o carro, tomando consciência do acidente.
- ... Ela morreu Hyll. Nós fizemos o possível, mas... E você não está mais na Inglaterra. Está em...
Meu mundo desabou. As lágrimas apenas começaram á descer, e tiveram de me apagar com sedativos, pois meus gritos e tentativas de me levantar quase acordaram o hospital/centro tecnológico todo.
Mesmo o meu sonho não foi tranqüilo, eu preferia não ter nenhum. Eu podia escutar o ultimo grito de Mirian, junto com uma palavra que eu não conseguia decifrar. Talvez ela realmente tivesse dito-a, mas não tinha importância, parecia mais um gemido, uma segunda parte do grito.

O que aconteceu comigo?

Depois de mais calmo e achando que não podia piorar, eu tomei mais um choque: Eu também deveria estar morto. O carro era velho demais para acompanhar cintos de segurança ou proteção do gênero. Mas com certeza estava menos machucado que a minha mãe, e o novo projeto baseado em robótica que o governo andava financiando disse que podia me ajudar.
Eu fiquei duas semanas inconsciente depois de sofrer o acidente, eles não tinham como me pedir algumas autorizações, então apenas o fizeram. Não saiu em jornais e folhetins, por que queriam publicidade apenas se fosse algo bem sucedido. Ou quase.
- MAS... ESSA MÃO, ESTE OMBRO, NÃO SÃO MEUS!- Eu gritava, ao perceber que do ombro para baixo meu lado direito era totalmente de metal prateado, sinistro.
Eu podia movimentar meu lado direito com perfeição, embora fosse um pouco menos que ele, eu ainda era mais pessoa que máquina. Eu podia sentir o chão gelado com os dois pés, e outras sensações do tipo, pareciam mesmo serem minhas, mas não eram. Eu havia me tornado uma monstruosidade á meu ver. Mas não por causa das luzes e engrenagens que me permitiram continuar vivo, embora tivessem me assustado no início, mas por ser responsável pela morte da pessoa que eu mais amei na vida. Agora, eu recomeço a vida em uma pensão qualquer, em uma cidade qualquer, mas não como um homem qualquer.
De início, eu tentei esconder as partes de aço. Casacos, blusas de gola alta não importando a temperatura, apenas libertando-me das roupas extras no meu novo emprego de mecânico, onde eu me sentia entre iguais. Havia me tornado alguém que jamais poderia se imaginar curado do passado, ou simplesmente feliz

A nova vida.

 Conserto e converso com os carros, dos quais possuem toda segurança de que tem direito, para salvar quantas mais vidas possíveis. Chego á ouvir música semelhante á Foo Fighters dentro de minha cabeça enquanto realizo o meu trabalho. Ás vezes eu tenho devaneios enquanto falam comigo e sem querer relembram-me do que já aconteceu, mas eu sei bem esconder uma antiga dor atrás de sarcasmo e sorrisos marotos. Trabalhar com motores e peças de metal também ajuda com que eu possa ser meu próprio médico do lado direito do corpo, eu possuo todas as peças que necessito em minha oficina.
Rir, á quanto tempo eu não ria com amigos e me divertia, devo dizer que estudar e trabalhar como louco para satisfatoriamente conseguir um carro não se compara á ir ao cinema com bons amigos. Como eu fui tolo.
Com um devaneio eu pude perceber o que a minha mão disse antes de morrer, sua última palavra.
Viva!
Ela não se importava em partir. Não se importava em deixar o sofá da sala que trabalhou por turnos extras para conseguir, ou para ver o seu filho dar-lhe orgulho em alguma coisa. Ela se importava apenas em mim.
Desde então, eu jurei á mim mesmo fazer Mirian feliz, onde quer que esteja. Mas ela não queria dizer apenas "viva".
Viver é transcender o estado vegetativo,é valorizar o dom da vida, é sentir o valor de poder e saber ver a grandiosidade da criação Divina. É apreciar a beleza do desabrochar de uma flor, a transformação da lagarta numa linda borboleta. É sentir a pele arrepiar-se de prazer ao toque do vento, é ver a pureza no sorriso de uma criança e paz no olhar tranqüilo do ancião.
Viver é deslumbrar-se ao ver o sol rompendo a madrugada, para nos brindar com mais um dia de luz e calor. É extasiar-se ao ver o sol mergulhar no horizonte ao fim do dia, abrindo espaço para a noite reinar com seu manto azul majestosamente bordado de estrelas prateadas, iluminadas pela mãe lua.
Viver é ser romântico, é sentir o amor no ar e sofregamente embriagar-se com ele.
Eu já voltei a ser como era de espírito, tão leve quanto uma brisa de verão, com a certeza de que a vida não é vazia e faz total sentido.
Mas eu sinto-me vivo. Nunca fui de ter muitos amigos, mas recomeçar do zero ajudou muito, e com o tempo passei a ver a mim mesmo não como uma aberração, mas como um sortudo do qual o destino sorriu alegremente. Eu deveria estar morto, mas estou aqui, com você. Aprendi á viver cada dia como se fosse o último, e nunca mais mal me imaginei reclamando, afinal se não houvesse maus momentos, não haveria nem mesmo os bons, pois a vida é baseada em pontos de vistas e comparações, são as tragédias que nos fazem diferenciar felicidade de angústia.
-Não espere algo ruim acontecer para ver que tu és feliz, então desligue seu computador por meia hora apenas e vá admirar o céu. Nunca se sabe quando será a última vez.

Personalidade de Hylleum

 Ele era feliz como era, mas não notara. A mãe, sua inspiração e pessoa que o protegia da fria realidade do mundo, a escola, e os amigos e garotas, era tudo perfeito como era.
Jamais se importou com seu pai, ou que destino tomara, ou até mesmo qual seria o nome dele.Mirian podia muito bem ter o papel de mãe, pai, amiga e de conselheira, e sempre será a maior ídolo do filho.
Ao tragicamente sentir-se culpado pela morte de Mirian, passou a ter um psicológico fraco por um curto momento de sua vida, das quais foram substituídas hoje por segurança e constante alegria. Nada mais pode deixá-lo triste, ele já perdeu a pessoa que mais teve importância em sua vida, chega a parecer irritante sua capacidade de ficar feliz mesmo quando tudo dá errado. Há quem diga que é por que, na verdade, ele acha que agora ela está em um lugar melhor, e que é desagradável para ela ver seu filho triste do patamar no alto das nuvens onde se encontra atualmente. Suas partes mecânicas são um constante lembrete de tal acontecimento, o que o deixou cabisbaixo durante a aceitação, chateado consigo mesmo e fechado do resto do mundo. Em poucos meses na pensão ele pode superar ao trauma e a si mesmo, pôde ver pessoas em situações parecidas ou ainda piores, agora considerando suas partes metálicas motivo de orgulho, o que pode descrevê-lo bem: orgulhoso. Se o ver levantando uma de suas mãos, pode ter certeza que será para arrumar seu cabelo para que saia impecável na foto. Superou muito bem o trauma, embora ainda não o agrade falar no seu passado, por que mesmo o que já aconteceu pode continuar doendo.
Hylleum sabe bem que crianças que ficam com medo dele ao vê-lo na rua não fazem por mal, e não se abala mais por este tipo de coisa, até por que garotas acham tão atraentes quanto cicatrizes. Desenvolveu um lado filosófico e tranqüilo pela experiência que passara. Aparentemente, o comum adolescente desleixado que só quer curtir a vida e se divertir montando motores nas horas vagas para conseguir dinheiro para torrar com bobagens.

Relações

Disseram-me que é comum Baelia tratar á todos como se fosse sua mãe, talvez por ser a responsável pela pensão e uma das mais velhas daqui, mas ainda assim acho tal modo de agir estranho, embora bastante reconfortante. Ela sempre vem me mandar ir para a cama quando é tarde da noite e eu ainda estou trabalhando na oficina, ou quando eu vou sair com meu amigos e amigas, e ela diz "Leve o casaco". Não é a toa ser uma das únicas em que todos amam e veneram da casa. E Kiba , seu marido, que me espera voltar em casa sentado no sofá da sala, mesmo que seja só um minuto que eu tenha de atraso, sempre preocupado.
Também tem a Mih , a garota é um gênio, mesmo as treze anos confecciona armas inimagináveis e surpreendentes, seu olhar sempre indiferente e frio faz agradar-me quando ela mesmo sem querer deixa fugir um sorriso ou meiguice de menina. Baelia e Kiba não poderiam ter adotado uma garotinha melhor, além de Red .
A pensão possui muitos moradores sombrios e sinistros, como Kidnay , que embora todos achem que é um ser sem emoções, demonstra muitas ao estar com sua noiva , ou Zall Ilhe , que embora tenham se esquecido de seus passados, são um casal. É muito difícil aproximar-se deles, mas há outros que nem tanto.
Depois de interessar-me por poemas e filosofia, foi ela quem me ajudou, acho que a garota já leu todos os livros existentes. Ela se esconde atrás de seu livros pelo medo de se machucar com as pessoas reais, embora mal pareça quando está perto de bons amigos, do qual agora sou um deles.
esquentadinha é anti-social, e esconde uma passada mágoa de ser culpada pela morte dos pais. Eu não acho que ela tenha culpa, assim como ela acha que eu não levo culpa alguma pelo o que aconteceu á Mirian. Foi o bastante para que ela sempre apertasse minhas bochechas e me convidasse para sair com a turma nos fins de semana.
Algumas outras pessoas da casa, como os três werelupes, a estátua de gelo e agarota ruiva sinistra parecem ter uma vida corrida e perigosa demais para terem tempo de notar que eu cheguei, mas não me importo, já que sem querer dar uma volta com o carro de um deles que se encontrava na garagem me fez apanhar daloirinha .
Diria que me enganei á princípio, afinal está não é uma pensão comum, e nem mesmo uma pensão. É uma família. Sinto-me ótimo ao saber que eu faço parte de uma novamente.

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